quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dicas para o dia-a-dia.

Alimentação

Uma alimentação saudável aumenta a resistência à doença, fornecendo energia e tornando a pessoa mais forte para suas atividades diárias.

O ideal é que o paciente faça entre cinco e seis refeições por dia e mantenha uma dieta balanceada e saudável, priorizando a ingestão de frutas, verduras e legumes e evitando frituras e gorduras.

A pessoa não deve ficar mais do que três horas sem se alimentar, mesmo que sejam refeições em pequenas porções. Isso ajuda o paciente a se prevenir de problemas de estômago como gastrites e úlceras, que aparecem ocasionalmente por causa do excesso de medicamento ingerido. Também é importante evitar bebidas alcoólicas, pois a pessoa acaba não se alimentando e se desnutrindo.


Atividades Físicas

Para o paciente vivendo com HIV/aids, a preocupação com a musculatura deve receber atenção especial. O uso prolongado de anti-retrovirais pode causar a lipodistrofia, que é a migração da gordura dos membros e glúteos para as costas e o abdômen.
O ideal é que a prática da musculação seja orientada e regular e que comece a ser feita o quanto antes. Exercícios aeróbicos regulares também são indicados com o intuito de manter uma boa circulação e evitar a neuropatia, manifestada por dormência nas mãos e pés.


Relacionamento Pessoal e Social

O portador do HIV pode levar uma vida normal, como qualquer outro indivíduo, tanto profissional quanto pessoalmente, podendo trabalhar normalmente, praticar esportes, ir a festas, freqüentar bares, shoppings e clubes, se relacionar com as pessoas. Cuidados especiais devem ser tomados apenas nos relacionamentos sexuais a fim de evitar a transmissão do vírus para outras pessoas. Para tanto, o uso do preservativo é imprescindível em todas as relações sexuais. Está comprovado que a continuidade da vida social e a adesão adequada ao tratamento resulta na melhora da qualidade de vida dos soropositivos e na resposta ao tratamento.


Dúvidas Freqüentes

Um portador do HIV pode ter uma vida sem restrições?
Os soropositivos podem viver normalmente, mantendo as mesmas atividades físicas, profissionais e sociais de antes do diagnóstico, contanto que sejam seguidos à risca o tratamento anti-HIV, as recomendações da equipe médica e o uso de preservativo em todas as relações sexuais.


Que cuidados envolvem a convivência com um familiar soropositivo?
O HIV, vírus da aids, pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno. Sendo assim, a convivência com uma pessoa portadora do HIV deve ser tranqüila. Beijos, abraços, demonstrações de amor e afeto e compartilhar o mesmo espaço físico são atitudes a serem incentivadas. Quanto mais respeito e afeto receber o portador que vive com HIV/aids, melhor será a resposta ao tratamento. O convívio social é muito importante para o aumento da auto-estima. Conseqüentemente, faz com que essas pessoas cuidem melhor da saúde.

Fonte: http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISE98137CAPTBRIE.htm

Medicamentos para todos

10/06/08

Brasil defende redução de custos de medicamentos para ampliar acesso universal

Nova York – A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial da Presidência da República de Políticas para as Mulheres, abriu, na manhã desta segunda-feira (9/6), os trabalhos da delegação brasileira que participa da Sessão Especial das Assembléia Geral das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNGASS). O evento acontece até a próxima quarta-feira (11/6), na sede das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos. Falando no painel “Acesso universal a diagnóstico e tratamento de baixo custo para HIV e aids: em busca de soluções sustentáveis”, Nilcéa destacou a necessidade de aprofundar as iniciativas que visem a baixar o custo de medicamentos e de insumos de prevenção.

“O grande desafio é tornar o acesso universal a insumos de prevenção e a medicamentos, de fato, universal. Hoje, é grande o número de países severamente afetados pela epidemia que não têm condições de oferecer esses insumos à população”, disse a ministra, em entrevista após o pronunciamento.

De acordo com relatório conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgado no início de junho, aproximadamente 6,5 milhões de pessoas infectadas pelo HIV que precisam de terapia anti-retroviral não têm acesso aos medicamentos.

Moderado por Michel Sidibé, diretor-executivo-adjunto do UNAIDS, o painel teve também a participação de Brian Chituwo, ministro da Saúde de Zâmbia; de Rolake Odetoyinbo, representante da ONG Ação Positiva para Acesso ao Tratamento, da Nigéria; e de Jeffrey L. Sturchio, vice-presidente do laboratório Merck Sharp & Dohme.

Propriedade intelectual – Na cerimônia, os presidentes de Burkina Faso, Blaise Compaore, e de Togo, Faure Gnassingbe, ressaltaram o papel de destaque do Brasil no processo que levou a OMS a reconhecer, pela primeira vez, os efeitos negativos dos direitos de propriedade intelectual sobre o acesso a medicamentos.

O assunto foi destaque na 61ª Assembléia Mundial de Saúde, realizada em maio, em Genebra, na Suíça. O item consta da Estratégia Global do Grupo de trabalho Inter-governamental sobre Saúde Pública, Inovação e Propriedade Intelectual (IGWG), aprovado no encerramento da Assembléia.

O reconhecimento da OMS é fruto de um processo que se desenrola há dois anos, com participação relevante do Brasil em todos os estágios. Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, “a Estratégia Global (...) é o documento mais significativo em termos de propriedade intelectual e saúde pública desde a Declaração de Doha”. Essa declaração, de 2001, permite que os países tomem medidas para proteção da saúde pública.

Feminização – Em sua fala no primeiro dia da UNGASS, a ministra Nilcéa Freire afirmou que a ampliação da oferta de insumos de prevenção, sobretudo do preservativo feminino, é uma estratégia importante para conferir mais autonomia às mulheres e reduzir as desigualdades de gênero. “Com isso, certamente contribuiremos para enfrentar o avanço da epidemia de aids no sexo feminino, observado no Brasil e em todo o mundo”.

Atualmente, o Brasil está finalizando uma compra de 6 milhões de preservativos femininos, para serem distribuídos no Sistema Únicos de Saúde. No entanto, ao contrário do preservativo masculino, cuja distribuição é para a população geral, o preservativo feminino é voltado para grupos específicos, mais vulneráveis à infecção pelo HIV, como prostitutas e mulheres vítimas de violência. “Nossa meta é expandir a distribuição para 10 milhões de unidades, em 2010”, informou Nilcéa.

No Brasil, segundo dados do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério Saúde (PN-DST/AIDS), havia 26 homens com aids para cada mulher, em meados dos anos 80. Hoje, são 16 homens com aids para cada 10 mulheres.

Direitos Humanos – À tarde, a diretora do PN-DST/AIDS, Mariângela Simão, participou de debate sobre exclusão social e grupos mais vulneráveis à epidemia, como gays, outros homens que fazem sexo com homens e travestis. “É preciso reconhecer o impacto da aids nessa população e promover ações efetivas, considerando as diversas especificidades de cada identidade sexual”, disse Mariângela, que teve a colaboração de Oswaldo Braga, do Movimento Gay de Minas, representante da Comissão Nacional de Aids (CNAIDS).

No Brasil, houve um crescimento do percentual de casos de aids entre homossexuais e bissexuais de 13 a 24 anos de idade, variando de cerca de 24%, em 1996, para aproximadamente 41%, em 2006. Na faixa etária de 25 a 29 anos, nessa categoria de exposição, a variação foi um pouco menor, mas também indicou crescimento: de 26% (1996) para 37% (2006). Já entre indivíduos de 30 a 39 anos, os índices apontam para uma pequena tendência de queda: de 30%(1996) para 28% (2006).

Mais informações para a imprensa:
Programa Nacional de DST e Aids
(61) 3448-8100/8088/8106

Fonte: http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISE77B47C8ITEMID0E3734C7DC1643D6B6AE7BA65EC2A6DDPTBRIE.htm

quarta-feira, 11 de junho de 2008

VALE A PENA LER ATÉ O FINAL

HISTÓRIA DE JADE

Aconteceu comigo, não deixe q aconteça com vc.

Essa é uma linda e longa historia q mudou minha vida. Aconteceu há 17 anos atrás, mas pra dizer a verdade o inicio de tudo se deu há 26 anos. Foi qdo conheci meu primeiro amor. Eu era novinha, bobinha e apaixonada. Engravidei aos 17 anos, ele tinha 19. Éramos duas crianças, não tínhamos noção do q estávamos fazendo. Casamos, mesmo sem ter condições. As famílias ajudavam no q podiam, nossa vida era confusa, ele só queria saber de ficar nos botecos enchendo a cara, jogando sinuca e aprontando. Eu burra q era ficava em casa chorando. Aos 19 anos engravidei do segundo filho. A essa altura do campeonato nossa vida já estava um caos, mas mesmo assim eu curti muito a gravidez. Foram quase 7 anos de casamento, brigas e separações. Até q criei coragem e pedi a separação definitiva. Foram 6 meses de brigas, baixarias, até na delegacia fomos parar. Ele não queria assinar os documentos, comprou uma arma e disse o famoso chavão:
-se vc não vai ser minha, tbm não vai ser de mais ninguém.
Abandonei tudo e me escondi até ele se acalmar. Depois de muita encrenca ele finalmente assinou a papelada e fiquei livre!!!!
O mais absurdo é q ele já estava vivendo com outra pessoa e ela estava grávida, e mesmo assim ele transformou a minha vida num pesadelo.
Bom, essa fase acabou. Voltei a estudar, procurei emprego e estava tentando tocar minha vida qdo conheci uma pessoa. Ele era desquitado, 10 anos mais velho q eu, pai de 3 filhos...um sedutor profissional.
Minha vida na casa dos meus pais estava um inferno, minha mãe não dava um minuto de paz. Até o q eu falava ao telefone ele ouvia na extensão. Pra quem já havia morado sozinha isso era insuportável. Eu estava errada, a casa era dela.
Foi ai q tive a brilhante idéia de aceitar o convite do atual namorado para morar no apartamento dele. Peguei meus filhos, a mala e a cuia e mudei pra lá.
Foram dias felizes, muito amor e carinho. Era um sonho!
Durou só alguns meses. Em julho de 91 ele foi internado, os médicos disseram q havia forte suspeita de ser AIDS. Eu não acreditei.
Fizemos exames e mesmo antes de sair o resultado ele faleceu. Os médicos estavam certos, era AIDS mesmo. Eu só tinha 26 anos qdo vi a cara da morte pela primeira vz. Ela não sorriu pra mim. Fiz vários exames para confirmar se eu tbm estava contaminada e todos deram positivo. Durante 1 ano fiquei feito um zumbi vagando pela casa e perdida em meus pensamentos. Não comia direito, não dormia direito, não falava, me isolei de tudo e de todos. Até que um dia me deu um estalo e decidi voltar ao mundo dos vivos. Levantei, sacudi a poeira e dei a volta por cima.
Me arrumei, arranjei um emprego, fiz novas amizades e voltei a boa e velha rotina.
Nunca sai por ai gritando as 4 ventos q sou portadora do HIV, isso só diz respeito a mim, a minha família e quem eu achar q mereça saber.
Sou uma pessoa bonita, tenho boa aparência e sempre fui muito paquerada.
Ai vai um alerta, ninguém trás escrito na testa que tem o vírus, portanto NUNCA transe sem camisinha.
Logo que voltei a vida normal fui num barzinho comemorar o aniversario de um amigo, lá apareceu um bonitão cheio de lero lero. Ele me convidou pra jantar, eu aceitei.
A gente mal se conhecia, pra mim era só um jantar, por isso não vi necessidade de contar nada a ele. Só que o lindinho me levou pra jantar e depois que saímos do restaurante imbicou o carro na porta do motel. Eu disse que não queria entrar, ele começou a me agarrar dentro do carro, eu empurrei varias vzs, ele veio com estupidez e chegou ao cumulo de dizer:
- Paguei o jantar e não vou ficar sem sobremesa.
Se eu fosse uma pessoa sem caráter, teria entrado no motel, feito sexo com ele a noite toda e só depois contado pra ele a verdade, ou até quem sabe nem teria contado nada.
Só que jamais faria isso, entre um empurrão e outro falei:
- eu tenho HIV e não vou entrar nesse motel, me leva pra casa agora.
Ele me largou, ficou pálido, mudo e sem ação.
Me deixou em casa e sumiu.
Dias depois me ligou, disse q precisava falar comigo. Nos encontramos e conversamos muito. Ele pediu desculpas e agradeceu por eu ter sido sincera. Ele disse que aquela noite mudou a vida dele.
Depois disso vieram outros, mas eu não queria saber de ninguém. Até q apareceu alguém especial. Tive q contar pra ele, senti medo de ser rejeitada, mas mesmo assim falei a verdade. Por ele não ser portador achei q seria impossível a gente ter alguma coisa, mas me enganei. Namoramos durante 4 anos.
Nunca fiquei doente, nunca fui internada. Ninguém diz q sou portadora.
As pessoas sempre falam do meu alto astral, da minha alegria, da minha beleza...posso jurar a quem quiser q ninguém, mas ninguém mesmo que me conhece pessoalmente imagina q tenho HIV.
Volto a repetir, usem camisinha sempre. Não importa se a pessoa é bonita, sarada, tem boa aparência, AIDS esta no sangue, não na cara.
Bom, voltando ao namoro...durou 4 anos e terminou como qualquer outro namoro termina. Foi um relacionamento normal, tínhamos relação sexual como qualquer outro casal, ele sempre usava camisinha. Mais por exigência minha q dele. Eu sempre me senti muito responsável por quem esta comigo.
Qdo esse namoro acabou resolvi dar um tempo. Fiquei sozinha uns 2 anos, até q apareceu outra pessoa interessante e especial.
Tive que correr o risco de ser rejeitada outra vz, ele tbm não era portador...situação difícil ter q contar. Contei no primeiro beijo, ele me fez varias perguntas, respondi todas, convidei ele pra conhecer meu medico, ele foi. Lá ele ficou muito bem informado e o resultado é q estamos juntos há 7 anos.
Tenho uma vida normal, trabalho, namoro, passeio, faço tudo q todo mundo faz. Tenho momentos de felicidade, de tristeza, dou muita risada, as vzs choro...como qualquer ser humano.
Não pense q foi fácil ou q é fácil lidar com isso. Acordar todos os dias sabendo q dentro do meu corpo tem um vírus q pode me matar é ter consciência q a morte esta presente o tempo todo. Nunca fui internada, nunca fiquei doente, mas tenho que tomar 4 comprimidos por dia para me manter saudável.
Não bebo, não fumo, nunca usei droga. Me contaminei dentro de casa, na minha cama, com meu marido. Ele foi o segundo homem com quem tive relação sexual.
Gente, AIDS não é brincadeira, não existe grupo de risco. Tem q transar de camisinha sim. Preconceito é a maneira mais fácil e rápida de vc se contaminar. Ninguém esta imune, a menos q use camisinha SEMPRE.
Tudo isso aconteceu comigo pq nunca ouvi meus pais, sempre fiz o q dava na cabeça. Achava q AIDS era coisa de viado, drogado e vadia. Queimei a língua.
Engravidei aos 17 anos pq me achava muito esperta, moderna e dona do meu nariz. Quebrei a cara.
Casei com o cara errado e tive 2 filhos com ele pq não obedeci meus pais. Eles sempre foram contra, mas eu achava q sabia o q era melhor pra mim. Me ferrei.
Enfim, só fiz merda.
Hj posso dizer q amadureci, aprendi a dar valor a vida, a família e ao verdadeiro amor.
A começar pelo amor próprio. Quem se ama, se cuida e cuida dos outros tbm.
Otimismo, fé, coragem, perseverança, honestidade, amor ao próximo...tudo isso me mantem viva e feliz até hj.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Entrevista com a médica infectologista Dra. Maria Beatriz Caraccio

A AIDS é causada pelo vírus HIV. Quais as principais formas de transmissão do vírus? O principal mecanismo de transmissão é o sexo sem proteção (preservativo), Existe ainda transmissão da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou aleitamento materno, e a transmissão por sangue, principalmente pelo compartilhamento de equipamentos para consumo de drogas. Atualmente não há mais casos de transmissão através de transfusão de sangue pelo rigoroso controle imposto pelo governo aos bancos de sangue.
Qual a diferença entre "soropositivo" e "aidético"?
Soropositivo é o indivíduo que tem o vírus no organismo, que transmite o vírus, mas que não apresenta sintomas de doença. A AIDS propriamente dita ocorre quando a imunodepressão é tão severa que começam a aparecer sintomas de doenças oportunistas.
Importante lembrar que uma pessoa infectada fica em média 10 anos sem nenhum sintoma, mas durante todo este tempo pode transmitir o vírus.
Alguém já se curou da AIDS?
Não, nunca houve caso de cura.
Qual foi o tempo mais curto e o mais longo de vida de um infectado?
A infecção aguda pelo HIV (imediatamente após adquirir o vírus) geralmente dá pouco ou nenhum sintoma, mas pode ser muito grave e levar ao óbito. Há, por outro lado, pessoas infectadas há mais de 20 anos que até agora não desenvolveram doença.
Quais fatores podem influenciar a manifestação do vírus e o desenvolvimento da síndrome? Existem medidas que possam evitar ou retardar a manifestação?
As crianças e os idosos tendem a ter um tempo menor de evolução, e os sintomas aparecem mais rapidamente porque o sistema imune nestas faixas etárias ou está muito imaturo ou já debilitado pela idade. Além disso, usuários de drogas que continuam utilizando drogas e álcool também podem desenvolver doença mais rapidamente porque “destroem” seu próprio organismo com o consumo de substâncias.
Ter uma vida sem vícios e com boa alimentação pode alongar o tempo sem sintomas. Além, obviamente, do uso de medicações que melhoram sobremaneira o tempo e a qualidade de vida dos indivíduos com AIDS.
Quais os meios de tratamento da AIDS?
A única forma de tratamento comprovada até o momento é o uso de medicações que bloqueiam a multiplicação viral, mas ainda não são capazes de matar o vírus. Estes medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo ministério da saúde.
Do que é feito o coquetel anti-AIDS? Este é o nome certo? Quanto custa? Aonde compra?
O chamado “coquetel” para tratamento da AIDS nada mais é que uma associação de vários remédios (geralmente 3 ou 4) que é utilizada para evitar que o vírus crie resistência rápida aos remédios, perdendo logo o efeito. Os esquemas de tratamento são personalizados de acordo com cada paciente individualmente, e são distribuídos gratuitamente pelo ministério da saúde a todos os pacientes com AIDS do Brasil que tenham indicação de tratamento.
Qual é a maior dificuldade da luta contra a AIDS? No nosso país as dificuldades de tratamento foram superadas, sendo modelo para o mundo todo. Mas o maior problema hoje é que a esmagadora maioria da população tem acesso a algum tipo de informação sobre a AIDS, especialmente de coisas básicas do tipo como se pega e como se previne. Entretanto as pessoas não acreditam que possa acontecer com elas, e colocam-se em situações de risco, especialmente sexo sem preservativos.
O que eu posso fazer para ajudar de verdade?
Divulgar informação correta, e lembrar a todos que uma pessoa infectada pelo HIV fica em média 10 anos sem ter nenhum sintoma, mas que pode transmitir o vírus durante todo este período. E, como a pessoa não tem nenhum sintoma, muitas vezes nem imagina ter o vírus. Por isso conscientização e sexo seguro são as palavras chave para controlar a doença.

Que mensagem a Doutora, como médica e também como cidadã, pode passar à sociedade para que o preconceito contra indivíduos infectados possa ser combatido?
Têm preconceito aqueles que acham que nunca estarão na posição de doente. O preconceito é fruto de desinformação. Embora atualmente todo mundo saiba como se pega e como se previne a AIDS, muitas pessoas ainda acham que com elas não vai acontecer, e discriminam outras pessoas que pensavam a mesma coisa até descobrirem que têm o vírus.
É preciso que todos se conscientizem de que as informações disponíveis sobre a AIDS são verdadeiras, e de que qualquer um de nós pode estar sob risco se não praticar sexo seguro.

Previna-se

Apesar de avanços, esforços contra Aids têm sido insuficientes, diz ONU

09/06/2008 - 18h46

Da Efe
Nas Nações Unidas


Os progressos que a comunidade internacional obteve na luta contra a Aids ao longo da última década têm sido insuficientes para garantir o acesso da população mundial à prevenção e ao tratamento aos 33,2 milhões de pessoas que atualmente vivem com o HIV, destacou hoje a ONU em um relatório.

O estudo, elaborado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, chama a atenção para pontos positivos e negativos no cumprimento das metas estipuladas pela comunidade internacional com relação à epidemia.

Ban afirma que o aumento dos investimentos nesta matéria nos últimos dez anos "começa a dar frutos", o que se reflete na redução de novos casos de infecções e do número de mortes.

O secretário-geral da ONU ressalta que que os cerca de 2,5 milhões de novos casos registrados em 2007 supõem uma notável redução em relação aos 3,2 milhões contabilizados em 1998.

Além disso, as mortes anuais ligadas à doença caíram de 3,9 milhões em 2001 para 2,1 milhões em 2007.

Ban atribuiu essas "conquistas" ao aumento dos recursos destinados à luta contra a epidemia, para a qual, no ano passado, foram reservados US$ 10 bilhões. Porém, o diplomata advertiu que os esforços não têm sido suficientes.

"O mundo não alcançará o acesso universal à prevenção, o tratamento, o cuidado e a assistência se os recursos disponíveis nos países de média e baixa renda não aumentarem significativamente", afirmou.

O relatório preparado pelo secretário-geral da ONU será apresentado oficialmente amanhã, em uma sessão especial convocada pela Assembléia Geral para avaliar o progresso da luta contra a Aids.

De acordo com o documento, a taxa de doentes que recebem tratamento anti-retroviral aumentou em 42% em 2007, e cerca de três milhões de pessoas que vivem em países em desenvolvimento agora têm acesso a esses remédios.

No entanto, esse último número equivale a 30% dos doentes que precisam de remédios, o que é denunciado por algumas das ONGs que participarão das sessões da Assembléia Geral como uma prova de que os avanços são relativamente poucos.

Além disso, os cerca de US$ 10 bilhões destinados no ano passado ao combate à aids ainda estão muito longe dos US$ 22,2 bilhões que a mesma Assembléia Geral estipulou há dois anos como necessários para que o tratamento seja universalizado até 2010.

Apesar de tudo, o diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), Peter Piot, destacou que, pela primeira vez, foram alcaçados resultados palpáveis, razão pela qual a luta contra a doença está entrando "em uma nova fase" e o desafio atual passou a ser "manter a intensidade" dos avanços.

Já o secretário (ministro) de Saúde do México, José Ángel Córdoba, que discursará na Assembléia Geral em nome do Grupo do Rio - também integrado pelo Brasil e outros 17 países da América Latina -, disse hoje à Agência Efe que o alto preço dos remédios continua sendo o grande obstáculo para estender o tratamento a todos os dois milhões de latino-americanos infectados pelo HIV.

Só no México, onde o tratamento é garantido a todos os habitantes, o Governo gasta US$ 300 milhões ao ano no atendimento aos 45.000 doentes registrados nos programas públicos de saúde.

Outro problema é que cerca de 70% dos latino-americanos não têm informações científicas precisas sobre o vírus, o que facilita sua propagação e dificulta o diagnóstico dos infectados, acrescentou Córdoba.

Em seu relatório, Ban reconheceu que "a propagação dos serviços essenciais aos doentes não acompanha o ritmo de crescimento da epidemia".

Assim, enquanto em 2007 um milhão de pessoas foram inscritas para serem tratadas com anti-retrovirais, o número de infectados aumentou em 2,5 milhões, sobretudo na África, que concentra 68% de todas as infecções por HIV no mundo e 76% das mortes relacionadas à Aids.

Fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/efe/2008/06/09/ult4429u1679.jhtm

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Brasil quer zerar em 4 anos HIV em bebês

do UNICEF

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apóia o Ministério da Saúde na implementação do Plano Nacional de Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, lançado nesta quarta-feira (24/10), no auditório do Ministério da Saúde, em Brasília. Essa ação mobilizará governos federal, municipal e estadual em torno de projetos de prevenção e cuidados para eliminar a sífilis congênita e reduzir a próximo de zero a transmissão do HIV da mãe para o bebê durante a gravidez, parto e ou amamentação. As metas estabelecidas pelo plano devem ser cumpridas até 2011. O anúncio foi feito pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e contou com a participação da oficial de projetos do UNICEF Daniela Ligiéro.

O plano também prevê a ampliação da cobertura de testagem para o HIV/aids e a sífilis durante os exames de pré-natal. Segundo estimativas do Ministério, o número de testes anuais de sífilis realizados em mulheres grávidas passará de 2,1 milhões para 4,8 milhões, e do anti-HIV aumentará de 1,4 milhão para 2,3 milhões. A ação vai garantir o direito de milhares de mulheres a conhecer seu status sorológico. Assim, as gestantes HIV positivo e com sífilis terão maior acesso ao tratamento e aos cuidados para a sua própria saúde e para evitar a transmissão do vírus para a criança.

O UNICEF está apoiando o Programa Nacional de DST e Aids na capacitação de profissionais de saúde e mobilização de gestores, com foco nas regiões Norte e Nordeste, onde as taxas de transmissão vertical são as mais altas. Esses profissionais são fundamentais para garantir um pré-natal de qualidade, pois, se diagnosticada e tratada durante a gravidez, a mulher é curada da sífilis e não transmite a doença para o bebê. Em relação ao HIV, não há cura para a futura mãe, mas, com o tratamento, as chances de o bebê nascer com aids são reduzidas para menos de 1%. O UNICEF apoiou também o programa na aquisição de testes rápidos para serem oferecidos em regiões de difícil acesso ao diagnóstico, como a Região Norte.

A transmissão vertical do HIV é a principal causa dos casos de aids em crianças com até 12 anos. Garantir o acesso ao teste de HIV para todas as gestantes é essencial para acabar com a transmissão vertical. No Brasil, os desafios são grandes. Estima-se que 0,4% das gestantes brasileiras vivam com HIV e 1,6% tenham sífilis. O que agrava ainda mais a situação é o fato que a maior parte não sabe que é soropositiva.

Para ajudar o País a dar uma resposta positiva ao problema, o UNICEF tem como uma das prioridades em seu trabalho no Brasil, até 2011, proteger crianças e adolescentes do HIV/aids.

Fonte: http://www.onu-brasil.org.br/view_news.php?id=6105

Unaids diz que Brasil é exemplo no combate ao HIV


20/11/2007
Vice-diretor Louis Loures lembra que país foi o 1º a adotar acesso universal.

Mônica Valéria Grayley & Jorge Soares, da Rádio ONU em Nova York.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Unaids, afirmou que o Brasil é o maior exemplo do mundo na luta contra o HIV.

A declaração foi feita pelo vice-diretor para Iniciativas Globais do Unaids, Louis Loures. Ele falou à Rádio ONU, de Genebra, para marcar o lançamento do mais novo relatório do Unaids.

″O Brasil segue sendo o maior exemplo no mundo que é possível, sim, enfrentar a epidemia, desde que se tomem as medidas adequadas, desde que se tenha o compromisso político de investimento e mobilização da sociedade em relação à epidemia. Essa é a mensagem principal. Não vamos aqui nos perder 'esse número está certo, esse número não está certo'. O que interessa é que é uma epidemia de grandes proporções, mas que nós começamos a ver que é sim possível enfrentá-la, desde que se tomem as medidas apropriadas″, disse.

Segundo Loures, o Brasil já provou seu compromisso na luta contra a epidemia em níveis de governo e de sociedade.

Novas metodologias

″O importante, em relação ao Brasil, é que é uma epidemia que está, do ponto de vista geral, estabilizada. Agora, temos que lembrar que o Brasil segue sendo também o país em desenvolvimento com o maior número de pessoas em tratamento. O Brasil foi o primeiro país a realmente adotar o acesso universal a tratamento para as pessoas com Aids, infectadas pelo vírus. Em resumo, o Brasil segue sendo o melhor exemplo de que é possível enfrentar essa epidemia e felizmente nós começamos a ver hoje que esse exemplo começa a ser seguido″, disse.

De acordo com o relatório do Unaids, "Atualização sobre a Epidemia de Aids" o número de soropositivos no mundo teria caído de 40 milhões em 2006 para 33 milhões neste ano.

Revisão

A agência da ONU revela que a queda se deve a revisões nos números de vários países, entre eles, a Índia, o 2º mais populoso do mundo.

A região mais atingida pelo HIV continua sendo a África Subsaariana. A área concentra mais de 60% dos pacientes em nível global.

Na América Latina, os índices de contaminação permanecem estáveis. Mesmo assim, 58 mil pessoas perderam a vida, por causa da Aids, no ano passado.

Fonte: http://www.un.org/radio/por/detail/4513.html

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Exemplo de Superação

Earvin "Magic" Johnson.

Um dos maiores jogadores da história da NBA,jogou no Los Angeles Lakers durante toda sua carreira (1983-1994). Ganhou o apelido de Magic devido as suas mirabolantes assitências na NBA.

Participou do Dream Team na olimpíada de Barcelona em 1992, e ficou conhecido mundialmente por ser portador do vírus HIV. Sofreu muitos preconceitos por culpa do vírus HIV, mas enfrentou e ultrapassou as dificuldades impostas pela doença e voltou ao basquetebol após ter parado por culpa do HIV.

Dono de algumas das jogadas mais belas da história da NBA, Magic Johnson tinha uma visão de quadra espetacular, possibiltando-o a dar assistências que ninguém mais enxergava. Ainda hoje há quem discuta sobre quem foi o melhor de todos os tempos: Michael Jordan ou Magic Johnson.


quinta-feira, 5 de junho de 2008

Solidariedade

Fique Tranquilo

Mulheres também precisam se previnir.

Mulherada, não tem que ter vergonha de levar camisinha na bolsa não. E se na hora do vamo vê, o meninão está sem a camisinha?
Tem que se previnir.

Direitos Iguais

As pessoas infectadas pelo vírus da AIDS, tem os mesmos direitos de todo mundo, inclusive fazer sexo com camisinha.

Use e Confie

Previna-se

3 milhões de mortos em 2006.
40 milhões de portadores do vírus.
1 infectado a cada 8 segundos.

Não ignore esses números, use camisinha e previna-se!

Muita Força.

O preconceito muitas vezes acontece com a própria pessoa infectada. Ela mesmo se esconde dos outros.
Não é assim que funciona galera. Força, vocês são como todo o resto do mundo, todos estamos na luta contra o vírus.

Força!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Ação contra o preconceito na Dinamarca

Em muitos casos, as pessoas que são portadoras do vírus HIV sofrem discriminação por diversos preconceitos que existem em torno desta doença e, sobretudo, por causa da ignorância e todo o tabu que é criado em torno dele. Para reduzir precisamente o efeito que tem sobre a maior parte das pessoas, a AIDS Fondet saiu nas ruas da Dinamarca, com uma ação proposta pelo The Aid Agency, em que uma pessoa vai para as ruas em uma grande bolha com uma camisa que diz:

"Preconceito é um dos piores efeitos da AIDS"




Teste de Preconceito




Mantenha distância do preconceito, e não das pessoas.
O preconceito tem cura!

Use Camisinha

Campanha de prevenção contra a Aids 2006

Campanha de prevenção contra a Aids 2006