terça-feira, 27 de maio de 2008

AIDS e Pobreza.

A AIDS, quando começou, parecia ser uma doença de Primeiro Mundo e de gente rica. Talvez, graças a isso, tenha despertado tanto investimento em pesquisa (apesar de insuficiente) e tanto interesse na mídia.

Com o tempo, verificou-se que a AIDS era uma epidemia mundial que se deslocava do Primeiro para o Terceiro Mundo, constituindo-se numa verdadeira tragédia em vários países da África e que cada região apresentava a cara social de seu país. Tornou-se mundial e ligada, principalmente, à pobreza.

Mas o tratamento da AIDS em qualquer país exige muita atenção médica, e é caro. É caro tomar AZT, são caros os remédios para prevenir ou combater as infecções, é caro internar um doente com AIDS. Enfim, a AIDS é muito cara, e não prevenir a doença fica mais caro ainda.

No Brasil não é diferente. A maioria das pessoas infectadas com o vírus, ou doentes, são pobres e não conseguem recursos públicos ou particulares para ter o atendimento de que necessitam, nem para a prevenção nem para o tratamento. Diria, mesmo, que a maioria dos pobres com AIDS morrem sem saber do que morrem.

Em algumas poucas clínicas particulares, estão os doentes ricos, pagando um custo que desafia qualquer patrimônio familiar. Em alguns hospitais públicos, estão os pobres, onde, além do atendimento médico solidário e humano, carecem de meios para comprar o que a ciência moderna já colocou à disposição de todos em termos de diagnósticos sofisticados e remédios eficientes.

Em relação à AIDS, como em relação a várias outras coisas, o apartheid social se manifesta. Quem é rico se trata e tem uma qualidade de vida muito melhor. Quem é pobre sofre e morre sem condições mínimas de atendimento.

Essa diferença se manifesta concretamente em qualidade e tempo de vida. Quando a AIDS surgiu, nos anos 80, pouco se sabia sobre as diferenças entre contaminado e doente - morriam em muito pouco tempo. Era questão de um ano entre a notícia e a morte. Com o surgimento das primeiras drogas que controlavam o desenvolvimento do vírus e o acúmulo do conhecimento clínico que acelerava o diagnóstico e tratamento das infecções oportunistas, o tempo de vida foi aumentando de forma muito significativa.

Hoje se sabe que uma pessoa pode ficar contaminada sem manifestar a doença por muito tempo, entre 10 e 15 anos, e que alguns podem viver sem que a doença se manifeste. Estar com o vírus não é mais sinônimo de ficar doente. Hoje se sabe que uma pessoa doente que recebe todos os tratamentos e cuidados necessários pode sobreviver com a doença por muitos ou vários anos, três a quatro vezes mais do que se vivia antes.

Tudo isso significa que, em grande medida, viver ou morrer depende do tratamento já existente. Quem se trata sobrevive. Quem não se trata morre. A vida cobra a conta. A morte iguala. Quem tem recursos pode apostar na cura que virá. Pode ter a alegria de viver a cura de uma epidemia que assustou e ainda assusta o mundo. Quem não tem recursos vai saber que seu tempo é do tamanho de sua conta bancária e que, no Brasil, viver ou morrer é em grande medida uma questão social, já que, no caso da AIDS, ser rico ou pobre significa viver mais, ou menos, tempo.

Para uma pessoa doente e pobre, estar com AIDS é um drama duplo: o de ser pobre e o de sofrer as conseqüências de uma epidemia que ainda está em processo de controle e a caminho da cura, e, principalmente, o de saber que seu tempo de vida vai ser tão roubado quanto seu salário, suas esperanças, sua qualidade de vida, sua cidadania.

Nesse quadro é triste ver como o poder público, em nível federal, estadual e municipal, em geral e com apenas raras exceções, está totalmente indiferente a essa tragédia. De costas para a epidemia, ignora o imenso sofrimento dos pobres e espera que a morte ocupe o lugar da vida, negando as possibilidades de tratamento, que só existem para uns poucos. É triste saber que, até em relação à AIDS, o apartheid social existe e que aqui, entre nós, existe uma Beláfrica.

Carta de Betinho contra o preconceito.

Na sexta-feira dia 08/02/92, às 23 horas, decola do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o Vôo da Solidariedade. A bordo do avião, cerca de 100 intelectuais vão levar seu apoio ao povo cubano. Uma das poltronas poderia estar ocupada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, um dos que apóiam o vôo. Mas não está. No lugar do presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), vai uma carta assinada por ele. Um protesto contra a política segregacionista do governo cubano em relação aos doentes da AIDS.

Presidente Fidel Castro,

Sou do tempo da Revolução Cubana. Defendi e defendo o direito do povo cubano fazer sua revolução e decidir o seu próprio destino sem interferência de inimigos ou amigos.

Defendo para Cuba o que defendo para mim e para o meu próprio povo: liberdade, igualdade, participação, respeito, diversidade e solidariedade. Feita essa introdução, desejo apresentar uma questão e fazer um apelo. A questão é a AIDS. Sou hemofílico de nascimento e soropositivo há quase 10 anos. Sou também presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS desde 1986 e desenvolvo em meu país uma luta constante contra as políticas públicas do governo federal em relação à AIDS.

A AIDS, desde o começo, foi apresentada como uma doença incurável e fatal, sem esperança e sem destino a não ser a morte. Essa posição não é correta, não tem base científica e é politicamente equivocada: a AIDS ainda não tem cura, mas poderá ter. A cura da AIDS está a caminho. A França, por exemplo, já se propõe a rever a própria definição da AIDS (SIDA) para doença degenerativa crônica.

Essa visão fatalista e anticientífica da AIDS foi responsável pela disseminação de condutas discriminatórias, desumanas e terroristas em relação às vítimas da doença. Muita gente tomou carona na tragédia para expressar todos os seus preconceitos e culpar as vítimas e suas condutas, ao invés de atacar a causa real da doença: o vírus.

Conhecendo a tradição humanista e revolucionária de Cuba, sabendo dos avanços de sua medicina, eu esperava que também Cuba se transformasse num exemplo mundial de como enfrentar a AIDS. O que li no Gramma e soube por pessoas que visitaram Cuba, no entanto, constitui para mim um choque: soube que os soropositivos são submetidos a um processo de controle por agentes sanitários, que se caracteriza por uma espécie de vigilância à curta distância para impedir que a pessoa contaminada contamine outras pessoas. Como sabemos que a transmissão do vírus se dá basicamente por via sexual, estaríamos diante do controle da vida sexual dos soropositivos por processos de vigilância que tenho dificuldades de imaginar como seriam feitos, além de discordar frontalmente de tal tipo de controle. Soube, também, que os doentes são levados aos hospitais e internados como doentes de AIDS, separados de suas famílias, do trabalho, de suas atividades. Para ser franco e direto: os doentes são segregados da sociedade pelo Estado e se transformam em presos políticos da epidemia. Digo políticos, porque não existe nenhuma razão científica, médica, ou de simples bom senso, para se prender doentes de AIDS a fim de prevenir a propagação da epidemia e proteger a saúde pública. Um doente de AIDS é, na verdade, aquele que menos oferece risco de contaminação, porque ele já sabe que pode transmitir, sabe como não transmitir, e, a não ser em casos patológicos, não quer transmitir sua doença a ninguém, muito menos a seus familiares e amigos.

Os doentes de AIDS hoje podem passar a maior parte de seu tempo em suas próprias casas ou desenvolvendo atividades úteis, ao invés de se verem presos, segregados, discriminados como seres destinados a esperar a morte no leito da proteção pública.

Sou capaz de imaginar uma sociedade, a cubana, onde os soropositivos e os doentes de AIDS recebam uma atenção e um carinho especiais de todos, onde não se sintam discriminados, nem isolados, nem identificados com o perigo mortal para a saúde pública da Nação. Onde os soropositivos trabalhem normalmente e onde os doentes possam também trabalhar, viver, conviver e se confrontar com a morte em meio à solidariedade que se traduz em convívio e não em segregação.

Não falo como leigo. Falo como soropositivo que trabalha agora mais do que nunca e que jamais aceitaria ter um agente de saúde seguindo meus passos para verificar se sou um perverso propagador da epidemia. Falo como um soropositivo que vive com a mulher e filho, e que preferiria morrer a ser isolado no melhor hospital público quando os primeiros sinais da doença se instalassem, para esperar a morte incerta e imprevista, o que hoje pode levar até anos para se realizar. Quero também ter o direito de decidir sobre a forma, modo e o tempo de minha morte. A doença não pode ser um pretexto para que se retire de mim o direito à cidadania. Acredito firmemente que essas idéias deveriam ser muito mais desenvolvidas e possíveis em um país como Cuba e não no meu próprio, onde os pacientes de AIDS, na maioria das vezes, morrem sem as menores condições de assistência e ainda sofrem efeitos da propaganda oficial, que prima pelo terrorismo.

Por tudo isso, quando surgiu a proposta dessa viagem a Cuba, que apoio, senti que eu tinha em relação a ela um caráter político e pessoal: como seria tratado em Cuba? Como os milhares de turistas que entram em Cuba sem apresentar os testes de HIV e que, sem saber, por isso mesmo podem se constituir num risco para a saúde pública do país? Eu só poderia entrar em Cuba como um soropositivo publicamente conhecido no Brasil e teria que apresentar meus pontos de vista e principalmente meu apelo:

Se ainda existe vigilância organizada sobre os soropositivos, transformem essa relação em programas de educação e confiem na responsabilidade cívica, humana dos cubanos.

Se ainda existe segregação dos doentes em hospitais - com a separação de suas famílias - que tudo isso acabe porque é desumano, é inútil, é inaceitável.

Que essa viagem de solidariedade produza muitos frutos. Quero enviar junto a essa carta um grande e fraterno abraço para todo o povo cubano, um povo que aprendi a amar e admirar de longe e de perto, quando em 1968 estive representando o Brasil na OLAS (Organização Latino-Americana de Saúde).

Agora que o presidente já tem quase o direito de se considerar eterno, gostaria de terminar com uma frase que vai começar uma nova postura nossa diante da AIDS: a AIDS não é mortal, mortais somos todos nós. A AIDS terá cura, e o seu remédio hoje é a solidariedade.

Abraços e saudades,

Herbert de Souza
Presidente da ABIA
(Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS)

Mulher portadora do vírus HIV sofre mais preconceito.

Pesquisa da UNESP revela que a mulher portadora do vírus HIV sofre mais preconceito e está menos preparada para enfrentar a doença do que o homem.

Até na condição de portadora do vírus HIV a mulher está em desvantagem em relação ao homem. É o que revela uma pesquisa de comportamento, que traçou o perfil de 132 pacientes do Ambulatório Especial da Faculdade de Medicina (FM), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), de Botucatu, com indivíduos provenientes de várias regiões do País. O estudo, feito com 82 homens e 50 mulheres, mostra que o sexo feminino, além de sofrer mais preconceitos, enfrenta maior dificuldade para lidar com a doença por causa da sua condição sócio-econômica e pela falta de informação.
O comportamento da família e do companheiro diante da revelação do diagnóstico é um exemplo dos obstáculos que a mulher enfrenta. Na pesquisa, 12% das entrevistadas afirmaram que foram rejeitadas pela família e 10% deixadas pelo companheiro. Enquanto que entre os homens, esta percentagem foi de apenas 3,6% e 1,2%, respectivamente.
Segundo a coordenadora do trabalho, a professora Marli Teresinha Gimenez Galvão, da Faculdade de Enfermagem da FM, o desamparo da mulher é agravado pela dependência econômica e pelo baixo nível de escolaridade. Das 50 entrevistadas, mais da metade (54%) eram donas de casa, contrastando com apenas 8,5% dos homens que não tinham emprego. O abismo também foi grande na avaliação do grau de instrução, pois 68% das portadoras só cursaram algumas séries do 1º grau, enquanto que entre os homens mais da metade (61%) havia chegado ao 2º ou ao 3º grau.
Atitude passiva - Na hora de cuidar da saúde, a mulher também mostrou-se menos preparada do que o homem. Quase a metade das entrevistadas (44%) não fez nada para controlar a evolução da doença, enquanto que entre os homens, esta conduta foi verificada em menor percentagem em 25,6% dos casos. Além disso, os homens são os que mais usam medicamentos, preocupam-se com o equilíbrio emocional, mudam seus hábitos e querem melhorar sua condição física. "Até na procura por tratamentos alternativos, eles têm mais iniciativa", conta a pesquisadora.
Para a professora, o comportamento passivo da mulher pode representar uma tentativa de negar o problema, fato que pode ser agravado pela imaturidade, pois a maioria das entrevistadas era mais jovem do que o sexo masculino. O melhor desempenho dos homens também pode estar relacionado ao fato de que boa parte dos entrevistados era homossexual ou bissexual. "O espírito de luta contra os preconceitos, especialmente dos homossexuais, torna-se um fator positivo na hora de enfrentar a doença", explica.
Conduta sexual - Diante do aumento da proporção de mulheres infectadas no Brasil, a pior constatação, segundo a pesquisadora, foi o fato de que 38% das entrevistadas não faziam nada para evitar a transmissão da doença, enquanto que entre os homens este percentual cai para 10,9% dos casos.
Ela ressalta, entretanto, que o grau de desinformação é significativo em ambos os sexos. Entre as medidas adotadas para evitar o contágio da doença, por exemplo, 40,2% dos entrevistados citaram a camisinha como a principal medida de prevenção. Poucos (13%), no entanto, lembraram que não doar sangue ou órgão também é um meio de evitar a transmissão da AIDS. Por outro lado, as medidas que trariam pouca ou nenhuma prevenção, como não compartilhar talheres, por exemplo, foram freqüentemente citadas.
Para a pesquisadora, a mulher ficou em desvantagem em quase todos os aspectos avaliados na pesquisa. E como se não bastasse o preconceito, o abismo sócio-econômico e a falta de informação, o sexo feminino também não pode contar com a honestidade do parceiro. É que na hora de contar a verdade, um pouco mais da metade dos homens (58,6%) teve a coragem de revelar o diagnóstico à parceira, enquanto que entre as mulheres este índice foi quase absoluto: 82%.

Caso de Médico e Paciente Preconceituosos

"Bióloga, professora universitária, 47 anos, hipertensa, tabagista inveterada (cerca de dois maços por dia), apresenta quadro de insuficiência coronária, com indicação para cirurgia de revascularização do miocárdio; procura cirurgião especializado, de sua confiança e de seu círculo social.
O cirurgião, conhecedor do fato de que o marido da professora apresenta comportamento de risco (portador do vírus da imunodeficiência humana {HIV} por possível bissexualidade ?), exige a realização do teste HIV como pré-condição para operá-la. A paciente informa ter realizado o exame há 10 meses, com resultado negativo.
O cirurgião insiste na feitura de novo exame. A paciente se nega a realizá-lo e o médico se nega a operá-la.
Por interferência da diretoria Clínica do hospital a doente acaba concordando em realizar o teste, cujo resultado vem a ser negativo.
O cirurgião, então, a procura e decide marcar a intervenção cirúrgica.
A paciente, porém, pergunta ao cirurgião:
"Qual o motivo para exigir o teste HIV? " Responde o cirurgião: "Porque durante o ato cir1irgico eu poderia, por acidente, me ferir e correr o risco de ser infectado ".
"Nesse caso", diz a paciente, "desejo também conhecer o resultado do seu teste, pois o senhor pode, na mesma situação, em cirurgia extracorpórea, me contaminar ".

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Dúvidas Frequentes

Atualmente, ainda há a distinção entre grupo de risco e grupo de não risco?

Essa distinção não existe mais. No começo da epidemia, pelo fato da aids atingir, principalmente, os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, eles eram, à época, considerados grupos de risco. Atualmente, fala-se em comportamento de risco e não mais em grupo de risco, pois o vírus passou a se espalhar de forma geral, não mais se concentrando apenas nesses grupos específicos. Por exemplo, o número de heterossexuais infectados por HIV tem aumentado proporcionalmente com a epidemia nos últimos anos, principalmente entre mulheres.


O que se considera um comportamento de risco, que possa vir a ocasionar uma infecção pelo vírus da aids (HIV)?

Relação sexual (homo ou heterossexual) com pessoa infectada, sem o uso de preservativos; compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas injetáveis; transfusão de sangue contaminado pelo HIV; reutilização de objetos perfuro-cortantes com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV.


Qual o tempo de sobrevida de um indivíduo portador do HIV?

Até o começo da década de 90, a aids era considerada uma doença que levava à morte em um prazo relativamente curto. Porém, com o surgimento do coquetel (combinação de medicamentos responsáveis pelo atual tratamento de pacientes HIV positivo) as pessoas infectadas passaram a viver mais. Esse coquetel é capaz de manter a carga viral do sangue baixa, o que diminui os danos causados pelo HIV no organismo e aumenta o tempo de vida da pessoa infectada.O tempo de sobrevida (ou seja, os anos de vida pós-infecção) é indefinido e varia de indivíduo para indivíduo. Por exemplo, algumas pessoas começaram a usar o coquetel em meados dos anos noventa e ainda hoje gozam de boa saúde. Outras apresentam complicações mais cedo e têm reações adversas aos medicamentos. Há, ainda, casos de pessoas que, mesmo com os remédios, têm infecções oportunistas (infecções que se instalam, aproveitando-se de um momento de fragilidade do sistema de defesa do corpo, o sistema imunológico).


Quanto tempo o HIV sobrevive em ambiente externo?

O vírus da aids é bastante sensível ao meio externo. Estima-se que ele possa viver em torno de uma hora fora do organismo humano. Graças a uma variedade de agentes físicos (calor, por exemplo) e químicos (água sanitária, glutaraldeído, álcool, água oxigenada) pode tornar-se inativo rapidamente.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O que é HIV e AIDS?

A aids é uma doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV. Esta sigla é proveniente do inglês - Human Immunodeficiency Virus.
Também do inglês deriva a sigla AIDS, Acquired Immune Deficiency Syndrome, que em português quer dizer Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Síndrome
Grupo de sinais e sintomas que, uma vez considerados em conjunto, caracterizam uma doença.

Imunodeficiência
Inabilidade do sistema de defesa do organismo humano para se proteger contra microorganismos invasores, tais como: vírus, bactérias, protozoários, etc.

Adquirida
Não é congênita como no caso de outras imunodeficiências. A aids não é causada espontaneamente, mas por um fator externo (a infecção pelo HIV).

O HIV destrói os linfócitos - células responsáveis pela defesa do nosso organismo -, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids já pode ser considerada uma doença crônica. Isto significa que uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus, por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal. Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.